Uma carta endereçada ao presidente Barack Obama, com uma “substância suspeita” foi interceptada pelo Serviço Secreto dos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira (17/04) o órgão de segurança responsável pela segurança presidencial. Em seguida, o FBI (polícia federal norte-americana) afirmou que, após a realização de testes preliminares, foi encontrada a substância venenosa ricina na mensagem.
A carta foi interceptada em um escritório de correio da presidência fora da Casa Branca, durante um procedimento de segurança. “Em 16 de abril de 2013, uma carta dirigida ao presidente que continha uma substância suspeita foi recebida no centro postal da Casa Branca”, afirmou Edwin Donovan, porta-voz do Serviço Secreto.
Um dia antes, um outro envelope contendo ricina foi interceptado no anexo dos correios do Capitólio, o prédio do Congresso dos Estados Unidos, em Washington, endereçado ao senador republicano Roger Wicker, do Mississipi, que comunicou o caso à polícia do Congresso.
Ambos os documentos teriam a mesma frase: “assistir a uma injustiça e não demonstrá-la é se transformar em um aliado silencioso de sua continuidade. Sou KC e aprovo essa mensagem”.
Roger Wicker é considerado um político de perfil discreto, que não está especialmente envolvido em temas sensíveis como a reforma migratória ou o porte de armas.
A ricina é uma substância altamente tóxica derivada da mamona. Pouco menos de 500 microgramas – quantidade com o tamanho da cabeça de um prego – pode matar um adulto. Não há nenhum teste específico pela exposição e nenhum antídoto para uma eventual contaminação.
Em fevereiro de 2004, o Senado e a Casa Branca foram alvo de um ataque com ricina, agente biológico enviado na forma de pó. O incidente não fez vítimas.
No outono de 2001, porém, ataques com antraz pelos EUA deixaram cinco mortos. O autor do crime nunca foi identificado.
Desde então, qualquer correspondência enviada para os parlamentares americanos é examinada fora do prédio do Capitólio, antes de ser entregue.
(*) com agências de notícias internacionais
Fonte: Opera Mundi
