O jornalista, escritor e ativista da cultura afro-brasileira, Oswaldo de Camargo é um dos convidados do próximo encontro da série Diálogos Ausentes, com o tema O Negro na Literatura, que acontece no dia 9 de maio (terça-feira), às 20h, no Itaú Cultural (Avenida Paulista, São Paulo, SP).
Oswaldo divide a mesa com a artista plástica e escritora Mariana de Matos. A mediação fica por conta de Diane Lima, idealizadora do projeto AfroTranscendence, e consultoria da escritora e ativista Cidinha da Silva. Toda a programação tem interpretação em Libras.
Este encontro coloca em pauta questionamentos sobre o percurso da literatura negra no país, discute a importância de um apuro estético nesta área, quais experiências apontam um caminho e como é possível recriar um jeito negro contemporâneo de se inscrever no mundo. Dedicado à literatura negra e ativista da cultura afro-brasileira, Oswaldo de Camargo foi um dos fundadores do Grupo Quilombhoje, coletivo de autores voltados para publicação, discussão e divulgação da literatura afrodescendente no Brasil. Ele é autor dos livros O Negro Escrito – Apontamentos sobre a Presença do Negro na Literatura Brasileira, 15 Poemas Negros, O Carro do Êxito, A Descoberta do Frio, entre outros.
A artista plástica e escritora mineira Mariana de Matos tem como objeto de pesquisa elementos do cotidiano, retratos, relações de poder em sociedade e pensamento descolonial, que demostra como a colonialidade perpassa, de forma dominadora, níveis da política, da economia, da cultura e do social. Mariana desenvolve trabalhos em pintura e costura, interferência em madeira, livros de artista, arte relacional, cadernos literários, ações, performances literárias e intervenções poéticas urbanas.
Desde abril do ano passado, o Itaú Cultural vem realizando esta série com o intuito de analisar entre o público, artistas e especialistas a representação dos negros em uma área de expressão diferente, a cada três meses. No ano passado, o primeiro bloco de três encontros discutiu as artes visuais; na sequência, os debates foram sobre as artes cênicas – com foco no teatro –, e por fim, o audiovisual, sobre o olhar do cinema negro. Neste ano, houve debate sobre o negro na dança, e após os encontros sobre o negro na literatura, será debatido o tema da música.
Da Redação.