Vamos combinar que o que vou escrever aqui não é nenhuma novidade. Mas enfim… Entra ano, sai ano e uns destaques vão aparecendo na TV. Ainda mais agora com essa febre de séries norte-americanas por aqui impulsionada por serviços de streaming como o Netflix, a Amazon TV e os canais a cabo convencionais.
Este ano de 2015 já está indo embora mas não podemos esquecer de fazer a retrospectiva desses destaques. Aqui um Top Five com foco nos artistas e seriados que empoderam, seja com representação, entretenimento ou posicionamento, a questão racial. Sem mais delongas, vamos ver os selecionados:
1. How to get way with a murderer
A série estreou nos Estados Unidos em setembro de 2014, mas como no Brasil demora um pouco para chegar, ela começou a bombar mesmo foi em 2015. O enredo é um thriller que se passa na fictícia Universidade de Middleton, nos Estados Unidos, em torno da professora de Direito Penal, Annalise Keating (Viola Davis), e cinco estudantes auxiliares do seu escritório, os Keating ‘s five. Annalise é uma mulher linha dura, acostumada a sempre vencer seus casos criminais. Dentro dessa trama as coisas mudam de figura quando sua vida pessoal e profissional entra em colapso por causa de um caso de assassinato.
A produtora responsável é a badass (sic) Shonda Rhimes, consagrada por sucessos como o Gray‘s Anatomy, Private Practice e Scandal, em parceria infalível com a atuação impecável e avassaladora de Viola Davis no papel principal, que rendeu o Emmy de Melhor Atriz Dramática de 2015.
2. Mr. Brau
Au, au, au, au, meu nome é Brau! É uma série brasileira exibida pela Rede Globo, estrelada pelo casal Brau (Lazaro Ramos) e Michele (Taís Araújo), escrita por Jorge furtado, com direção de Maurício Farias. A trama de entretenimento mostra o dia a dia de Brau, um músico famoso, e Michele sua empresária e coreógrafa em contratempos durante o processo de ascensão social. Os episódios transformam o preconceito sofrido pelos ‘novos ricos’ em situações engraçadas com uma pitada de criticidade. Dá para se identificar muito com o modo de vida do casal e assistir dois grandes talentos como Taís e Lázaro contracenando juntos, e dividindo a química que construíram na vida pessoal na telinha. Além de animada trilha sonora e coreografias do premiado Zebrinha, a série conta ainda com coadjuvantes de bom time de humor, como Luís Miranda, Kiko Mascarenhas, George Sauma e Fernanda de Freitas.
3. Empire
A trama é baseada na história da família Lyon, com o Lucious Lyon (Terrence Howard) liderando uma gravadora de sucesso: a Empire. Ao descobrir que possui uma doença grave, o ex-rapper resolve abrir concorrência entre os seus três filhos na sucessão dos negócios. A situação se agrava quando sua ex-mulher, Cook, vivida pela maravilhosa Taraji P. Hensen, sai da cadeia após 17 anos em carcere, acusada de um crime que não cometeu. Ela e dona de parte da Empire e volta para recuperar o tempo perdido. Cook é a personagem que mais agrega a trama, destaque que lhe rendeu a indicação ao Emmy 2015, superada pela atriz Viola Davis.
4. Orange is the new black
Piper, Alex, Crazy Eyes, Poussey, Red, Nicky são as personagens principais da trama que conta o dia a dia das detentas do presídio de segurança ‘mínima’ de Litchfield. A websérie americana foi lançada em julho de 2013, baseada no livro de Piper Kerman, Orange Is the New Black: My Year in a Women’s Prison, abre precedentes para pensar na grande população carcerária nos Estados Unidos. Toda história tem início com a prisão de Piper por tráfico de drogas e a partir daí, a trama caminha para contar a história de outros personagens. Como o de Crazy Eyes (Uzo Aduba), uma figura caricata, com uma personalidade incomum e obsessiva (é a de maior sucesso da série). Uzo Aduba apresentou o melhor do seus talento para compor Crazy e levou os Emmys de 2014 e 2015 na categoria de melhor atriz coadjuvante em série dramática.
5 . An African City
“Estamos tão acostumadas a ver africanas pobres que eu quis ir para o outro extremo”, dismistifica Nicole Amarteifio, criadora da série An African City. Uma especie de Sex and the City, em Gana, na África Ocidental, que já está chamando a atenção em todo o mundo devido a mistura de glamour, sexo e duras verdades sobre a vida no pais. A história de cinco africanas criadas no exterior que voltam para o continente em busca de romance está levantando polêmicas sobre os “retornados”, nome dado aos ganenses que retornam ao país depois de ter crescido no exterior e, também em torno de críticas ligadas as diferenças sociais entre a serie e a realidade em Gana. Episódios disponíveis no Youtube.
