Redação Portal Correio Nagô
Na segunda-feira (24), o processo que julgava os torcedores do Grêmio por injúria racial foi suspenso. Patrícia Moreira, Fernando Ascal, Éder Braga e Rodrigo Ryther, que chamaram o goleiro Aranha de macaco no dia 28 de agosto, na partida do Santos e Grêmio, receberam uma penalidade mais branda pelo crime de racismo.
Seguindo a lei, os condenados pela justiça deveriam ter como pena um a três anos de reclusão e pagamento de multa. Mas, após o parecer do juiz Marco Aurélio Xavier, na audiência do Fórum Central de Porto Alegre, os julgados vão precisar, somente, comparecer a uma delegacia de polícia uma hora antes de jogos do Grêmio e sairão uma hora depois do término da partida.
Segundo o advogado Anderson Encarnação, neste caso, o judiciário foi omisso, já que foi uma postura claramente considerada como injúria racial, comentou o bacharel. A jornalista Carina Gazar diz ficar incomodada com o posicionamento da justiça em relação a casos como este. “Suspender o julgamento é protelar, também, as ações de combate ao racismo. Cada vez que uma pessoa for punida, de fato, por este tipo de comportamento, mais rapidamente vamos ter menos pessoas agredidas por atitudes preconceituosas”, afirma a jornalista.