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Três acusados de estupro e morte de estudante indiana irão alegar inocência

Advogado alega que provas recolhidas pela polícia são inconsistentes

bandeira-da-indiaTrês dos acusados de estuprar e assassinar a estudante universitária indiana Jyoti Singh Pandey, em um caso que gerou revolta e violentas manifestações em todo o país, irão alegar inocência. A informação foi divulgada pelo advogado dos três, que cita falhas na investigação policial.

Jyoti tinha 23 anos, e prestava faculdade de fisioterapia. Ela morreu duas semanas depois do ataque, ocorrido em um ônibus de Nova Déli. Além de ter sido violentada e espancada, foi atirada do ônibus no meio da rua, sangrando muito. O caso gerou um debate público sobre a incapacidade das autoridades locais em garantir a segurança das mulheres no país.

No total, cinco homens, incluindo o motorista do ônibus, estão sendo acusados de assassinato, sequestro e estupro. Um sexto suspeito é investigado separadamente, pois ele alega ter menos de 18 anos.

O advogado Manohar Lal Sharma, que representa o motorista, acusado de ser o mentor do crime, além de seu irmão e outro acusado, afirma que deseja que o caso vá para os tribunais, para poder provar a todos que seus clientes são inocentes. “Só estamos ouvindo os relatos da polícia. Isso é evidência manipulada, tudo na base do ouvi dizer e na presunção”, afirmou.

Ainda não se sabe se os outros dois acusados comprovadamente maiores de idade têm defesa. De acordo com a imprensa indiana, muitos advogados têm se recusado a defender os seis acusados nesse episódio. Segundo especialistas, essa situação, no entanto, poderá favorecê-los a longo prazo, já que eles poderiam alegar em instâncias superiores que não tiveram direito à plena defesa.

Se for comprovado que o sexto acusado tem menos de 18 anos, ele será julgado por uma corte especial dedicada a menores. Nessa situação, se for considerado culpado, será enviado a uma prisão de correção, onde cumprirá pena por, no máximo, três anos.

O julgamento será realizado em um processo rápido e especial, fechado ao público e sem a presença das câmeras.

Fonte: Opera Mundi

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