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Uso da bandeira dos Estados Confederados divide americanos

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Com 37 votos a 3, o Senado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, aprovou na última segunda-feira (06) a retirada da bandeira dos Estados Confederados da frente do prédio do Congresso do Estado do Sul. O emblema é alvo de uma polêmica sobre o seu significado. Para alguns, ela é símbolo da herança cultural do país. Para outros, uma marca do racismo, apropriada por grupos como a supremacia branca, Ku Klux Klan. O debate volta à tona, depois que o estudante, Dylann Roof, 21 anos, matou nove negros em uma igreja em Charleston, na Carolina do Sul, no mês de junho.

A medida, que terá que passar por mais uma votação no Senado antes de seguir para a Câmara, foi apresentada pela governadora do Estado do Sul, Nikki Haley. A governante reuniu manifestantes prós e contra a manutenção da bandeira em mastro e alegou que um símbolo que divide a população não pode ser mantido no mastro de um prédio tão importante para os sulistas.

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A associação com a organização racista americana se deu porque a bandeira representa os  Estados Confederados na Guerra de Secessão (1861-1965), que buscavam a independência para evitar a abolição da escravatura. O emblema recebeu diversas apropriações ao longo dos anos, inclusive o significado da supremacia branca de uma sociedade dominada pela escravidão. E por isso é tida como símbolo do ódio racial. A simbologia foi reforçada, ainda mais, durante as investigações da chacina no templo de Charleston, quando a polícia descobriu que o atirador fazia apologia do racismo e ostentava a bandeira confederada nas redes sociais.

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Manifestantes, políticos e empresas de comércio, como a Walmart, defenderam retirar esses símbolos de bandeiras estaduais, de placas de carros e de produtos como camisetas e facas comercializados no país. Essa mobilização levou outros estados a iniciarem uma campanha de retirada da bandeira confederada.

Da Redação do Correio Nagô

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