Caracas – Após uma campanha marcada por tensões e troca de acusações entre a oposição e o governo da venezuelana, o país vai às urnas hoje (14) para escolher o futuro presidente do país. O eleito substituirá o presidente Hugo Chávez, morto no último mês de março, após dois anos de luta contra um câncer. Ao todo, 18.903.143 eleitores estão habilitados a votar em 39.322 mesas de votação, em 13.810 centros de votação (sessões eleitorais).
Sete candidatos foram inscritos para disputar o pleito no Conselho Nacional Eleitoral (CNE), mas a disputa está polarizada entre o candidato governista e presidente interino Nicolás Maduro, e o oposicionista Henrique Capriles. No sábado (13), os principais candidatos pediram a participação dos venezuelanos, no processo que é facultativo.
“É importante que todos votem, independente da fila. O voto é secreto e ninguém vai saber em que cada eleitor votou”, disse o oposicionista Henrique Capriles, durante entrevista coletiva.
Do mesmo modo, o candidato e presidente em exercício Nicolás Maduro disse que espera que as eleições sejam concluídas em paz. Durante uma reunião com observadores eleitorais, Maduro convocou a população a votar. “Cremos que vamos romper o recorde de participação do ano passado, em que mais de 82% dos eleitores foram às urnas”, avaliou.
Pelas redes sociais e nas ruas, os comandos de campanha organizam caravanas para levar eleitores às sessões eleitorais. Após uma campanha relâmpago, de 10 dias, as pesquisas eleitorais mostram Nicolás Maduro à frente de Capriles nas intenções de voto, mas a vantagem do candidato da situação sobre o oposicionista diminuiu após este período.
Na noite de sábado (13), os dois principais candidatos convocaram coletivas e chamaram a população a votar e pediram paz no processo eleitoral. As eleições são acompanhadas por observadores internacionais da Organização dos Estados Americanos (OEA), do Mercosul, por observadores independentes convidados pela oposição e pela missão observadora eleitoral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
Maduro tem 51 anos, foi motorista de ônibus e participou desde o início do movimento de esquerda fundado por Hugo Chávez. Em 2000, foi eleito deputado da Assembleia Nacional, e em 2006, assumiu o cargo