Redação Correio Nagô – A cantora e atriz Zezé Motta divulgou recentemente em sua página no facebook um relato sobre como sofreu com o racismo na adolescência.
Segundo a cantora, nesta fase, ela se achava “feia” por causa de comparações com colegas relacionadas ao nariz “chato”, cabelo “ruim” e bunda “grande.
“Sofria com isso. Passei por um processo de tentativa de embranquecimento”, relatou Zezé. Ela disse ainda que começou a alisar o cabelo e usava peruca chanel.
“Meu sonho era juntar dinheiro para fazer uma cirurgia no nariz e afiná-lo. Pensei em diminuir o bumbum para ser aceita”, acrescentou.
A situação, segundo a cantora, só começou a mudar em 1969, quando ela tinha 25 anos e viajou para o Estados Unidos. “Via negros lindos na rua, com cabelos black power lindíssimos. Essa viagem foi muito importante para mim. Me enfiei embaixo do chuveiro e parei de alisar o cabelo. Não é nenhuma crítica a quem prefere cabelo liso, o ruim é a negação das características”, complementou.
Confira relato na íntegra:
Na minha adolescência, eu me achava muito feia porque minhas colegas me diziam que meu nariz era chato, meu cabelo era ruim e minha bunda era grande. Sofria com isso. Passei por um processo de tentativa de embranquecimento, comecei a alisar o cabelo e usava peruca chanel. Meu sonho era juntar dinheiro para fazer uma cirurgia no nariz e afiná-lo. Pensei em diminuir o bumbum para ser aceita. Só comecei a me aceitar em 1969, quando tinha 25 anos e viajei para os Estados Unidos. Via negros lindos na rua, com cabelos black power lindíssimos. Essa viagem foi muito importante para mim. Me enfiei embaixo do chuveiro e parei de alisar o cabelo. Não é nenhuma crítica a quem prefere cabelo liso, o ruim é a negação das características.