VidasAfricanasImportam Ao menos 239 pessoas morreram em manifestações e confrontos na última semana passada na Etiópia, país do leste da África (região oriental do continente africano, denominada “Chifre da África”), em consequência da morte do cantor popular e ativista, Hachalu Hundessa, que foi atingido por tiros em Adis Abeba, em 29 de junho.
Hachalu Hundessa era um artista consagrado no país africano não apenas por sua música que representa o Oromo, grupo étnico majoritário da Orômia, mas também por suas visões abertamente contra o governo do país e a abordagem autocrática deste. De acordo com reportagem da CNN, o falecimento do artista fez com que protestos tomassem conta do país africano e ocasionou uma repressão do governo.
“Nove policiais, cinco membros das milícias e 215 civis morreram nos distúrbios”, anunciou nesta quarta-feira, 08/07, o vice-comandante de polícia da região de Oromia, Mustafa Kedir. Mais de 3.500 suspeitos foram detidos, ainda de acordo com o vice-comandante de polícia.
A capital, Adis Abeba, e a região de Oromia registraram na semana passada os piores confrontos desde a chegada ao poder do primeiro-ministro Abiy Ahmed em 2018, membro da etnia oromo.
A violência deixa evidente as tensões étnicas na Etiópia e a fragilidade da transição democrática tentada por Abiy Ahmed, desde sua posse em 2018. Os esforços do primeiro ministro do país em busca da paz foi reconhecido mundialmente com a escolha de Abiy Ahmed como o Nobel da Paz de 2019. Abiy foi agraciado pela sua atuação decisiva para alcançar a paz no conflito entre Etiópia e a Eritreia, país vizinho. Os dois países africanos travaram uma guerra de fronteira de 1998 a 2000. Eles restauraram as relações em julho de 2018, após anos de hostilidade.
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Conheça a música Hachalu Hundessa: