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Instituto Mídia Étnica sedia o primeiro ‎Na Roda -‬ “Geração Tombamento” em pareceria com o Desabafo Social

Diálogo de formação trouxe à tona temas como racismo, LGBTfobia, gordofobia e a importância da estética negra na conscientização sobre a questão racial*

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A mesa de provocação da #GeraçãoTombamento, mediando Itala Herta, na mesa: Diane Lima, Vilma Reis, Laiza Gabriela, Aleff Bernardes, Carolina Neves e Hellen Caroline. (da esquerda para a direita )

Representatividade, estética negra, racismo, LGBTfobia, emponderamento conhece essas expressões? Dentro de todas elas está o corpo negro, a influência delas nesse corpo – para o bem ou para o mal – e as consequências dessas influências foram debatidas hoje no ‘Na roda com o Desabafo Social – #Geração Tombamento’. Uma parceria entre o coletivo e o Instituto Mídia Étnica (IME).  

Para quem não está familiarizado com o termo, ‘tombamento’, ele significa a expressão  de uma geração que está problematizando as questões raciais, militando por direitos sociais e representação com atitude e emponderamento estético, na música, na arte, no trabalho, na comunidade, em todas as suas vivências. E estiveram, em peso, na Casa do Mídia Étnica para conversar, problematizar, contar e dividir suas histórias de vida. Capitaneado pela comunicadora, relações públicas, ativista e militante, Itala Herta, na mesa representantes de diferentes vertentes tombaram hoje no espaço como a  ouvidora geral da Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA), a estudante de jornalismo Laiza Gabriela Sousa, o  fotógrafo, Aleff Bernardes, a integrante do coletivo feminino de discotecagem Ovelhas Negras, residente da festa Batekoo, Carolina Neves e a estudante de publicidade e integrante do IME, Hellen Caroline. Veja abaixo algumas palavras de cada provocador:

 

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“Para a gente [negros] ser e botar o bicão na diagonal, a gente precisa de sustentação filosófica dos nossos. Você não vai para o enfrentamento se não tiver esse alimento”, Vilma Reis, ouvidora geral da Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA)

 

 

 

 

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“Eu não era uma pessoa politizada. Depois de uma palestra de Vilma Reis na DPE/ BA comecei a pesquisar sobre nossas heroinas negras, como Lelia Gonzalez, e tem sido importante porque eu me ajudo, e ajudo outras pessoas. Pessoas da minha comunidade, colegas de trabalho que ate então não levavam a sério que ‘certas brincadeiras’ ofende”,  Laiza Gabriela Sousa,a estudante de jornalismo.

 

 

 

 

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“Durante muito tempo eu frequentei vários espaços com essa representatividade e agora aqui eu posso passar tudo que aprendi nesses lugares”, formado em cinema, o multifunções – ele trabalha com arte, musica, dança e fotografia -, Aleff Bernardes contribuiu com sua experiência profissional e ativismo na roda de conversas.

 

 

 

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“Até pouco tempo atrás eu não era emponderada. Usava chapinha, saia na rua com saco na cabeça quando chovia, coisas do tipo. A Batekoo foi um acontecimento na minha vida que começou despretensiosa mas a organização resolveu focar em um público, que são jovens negros de periferia invadir espaços, teoricamente, de elite. E percebi que eu queria colocar a nossa galera nesses espaços”, Carolina Neves, integrante do coletivo feminino de discotecagem Ovelhas Negras, residente da festa Batekoo.

 

 

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“Eu decidi sair do meu bairro [Fazenda Coutos, na região do Subúrbio de Salvador] e querer mais para mim. E entrar e estar numa faculdade particular, apesar da abertura do sistema de ensino, existe segregação. Todos os professores são brancos, machistas. E vir aqui falar de visibilidade é preciso sair da sua zona de conforto e buscar mais”, Hellen Caroline, estudante de publicidade.

 

 

*Aguradem o post com as referências de filmes, livros e textos comentados no #NaRoda – Geração Tombamento!

 

 

 

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