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Movimento pede #NilmaNoMEC

Com o pedido de demissão do ex-ministro da Educação, Cid Gomes, e a demora da presidenta Dilma Rousself em definir o novo titular, alguns nomes passaram a ser especulados pela imprensa e em discussões nas redes sociais. Entre os nomes estão o do atual secretário de Educação do município de São Paulo, Gabriel Chalita, e do filósofo e escritor Mário Sérgio Cortella, que também assumiu a pasta municipal na gestão da ex-prefeita Luiza Erundina.

Entre aqueles que defendem a sobreposição de critérios técnicos às indicações políticas, em uma pasta tão estratégica para a nação, é forte o nome de Nilma Lino Gomes, atual ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. O currículo da ministra, e sua trajetória dedicada à pesquisa e gestão na área de Educação, é o principal argumento daqueles que defendem sua indicação.

Nascida em Belo Horizonte-MG, Nilma Lino Gomes é pedagoga, mestra em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutora em Sociologia pela Universidade de Coimbra, além de ser docente do quadro da UFMG. Integrante da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (2010-2014) e ex-reitora Pró-Tempore da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), sendo a primeira mulher negra a ocupar o cargo de reitora de uma instituição federal no Brasil.

O grupo criado no facebook “Nilma Lino Gomes Ministra da Educação EU APOIO.#NilmaNoMEC” já conta com 3500 apoios. Uma das postagem chama atenção para a listagem dos antigos ministros e suas formações distantes do tema da Educação, além da ausência de mulheres neste posto. “Na lista de ministros entre 1932 e 2015, apenas uma mulher branca foi ministra: Esther de Figueiredo Ferraz Período: 24/08/82 a 15/03/85. Está na hora de mudanças, não acha?”, questiona a Mestre em Educação, Nida Amado.

Para o poeta e escritor, Marcus Guellwaar Adún, “a indicação da ministra Nilma Lino Gomes, para a pasta do MEC, seria uma sinalização de que ela, a presidenta Dilma Rousseff, quer ouvir também as pessoas e coletivos que a elegeram; seria um indicativo de que ela quer acertar. Ceder somente às pressões da direita é o melhor caminho para sepultar de vez o Partido dos Trabalhadores. Se essa é a intenção, retiro tudo que disse, pois a presidenta está no caminho ‘serto’”, ironizou em uma postagem.

Em recente entrevista ao portal Correio Nagô, a ministra Nilma Lino falou sobre a importância do lema “Brasil, Pátria Educadora”, escolhido para o segundo mandato da presidenta. “Como a própria presidenta Dilma disse, em seu discurso de posse, o novo lema indica que a educação será a grande prioridade deste governo nos próximos quatro anos. A educação em seu sentido mais amplo, buscando, nas ações de todos os Ministérios, um sentido formador, de cidadania. Significa que, muito mais que o indispensável fortalecimento do sistema educacional, o Estado assume para si a função de educador, nas perspectivas da educação social e cidadã. Eu me sinto ainda mais responsável, como brasileira e como educadora, em participar desse momento, que amplia as perspectivas das políticas afirmativas, que têm o papel de corrigir desigualdades históricas, contribuindo para a construção da justiça social”, afirmou Nilma Lino Gomes.

Leia a entrevista completa:  http://correionago.com.br/portal/uma-educadora-a-frente-das-politicas-de-promocao-da-igualdade-racial/

Da redação do Correio Nagô 

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