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Relembre as personalidades negras que partiram este ano

27/12/2017  |  às 12h50

No ano de 2017 perdemos pessoas importantes engajadas na luta antirracista. Partiram ainda talentos queridos das artes. O Correio Nagô relembra um pouco do legado daqueles que partiram este ano.

Mãe Beata de Iemonjá

A ialorixá Beatriz Moreira Costa, mais conhecida como Mãe Beata de Yemonjá, do terreiro Ilê Omi Oju Aro, engajou-se na luta contra a intolerância religiosa.  A sacerdotisa nasceu na cidade de Cachoeira, em 20 de janeiro de 1931, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1969, com os quatro filhos. Antes de fundar o terreiro, em 1985, foi costureira da TV Globo, onde se aposentou. Mãe Beata também escreveu três livros apesar da pouca escolaridade. Morreu 27 de maio deste ano.

Saiba mais:

O Orun recebe as águas de Mãe Beata de Yemanjá

Al Jarreau

O cantor norte-americano de jazz e R&B, morreu aos 76 anos em 12 de fevereiro de 2017, quatro dias após anunciar sua aposentadoria.  Al Jarreau venceu sete prêmios Grammy. Esteve no Brasil em 2015 para se apresentar no ‘Rock in Rio’ e seria a atração principal do festival Música em Trancoso, na Bahia, em março deste ano.

Nelson Xavier

Vítima das complicações de uma doença pulmonar, o ator Nelson Xavier, faleceu em maio deste ano. O artista ficou conhecido por novelas como ‘Irmãos coragem’, além de peças e filmes como ‘Chico Xavier’. Na Bahia, gravou a minissérie “O pagador de promessas” (1988), dirigida por Tizuka Yamasaki, com autoria de Dias Gomes. Atuou nas novelas “Pedra sobre pedra” (1992), “Irmãos coragem” (1995), “Senhora do destino” (2004) e “Babilônia” (2015), entre outras.

Irio De Paula

O violonista radicado na Itália, morreu  em Campo Grande (RJ), depois de parada cardíaca e respiratória, em maio deste ano, aos 78 anos de idade. 

Zabé da Loca

Artista pernambucana radicada na Paraíba Zabé da Loca faleceu em agosto deste ano na Zona Rural do município de Monteiro, no Sertão do Cariri, aos 93 anos de idade. Zabé se consagrou como mestra da música popular nordestina no pífano.

Saiba mais sobre Zabé da Loca

Wilson das Neves

Wilson das Neves foi baterista de Chico Buarque desde 82. O sambista participou de cerca de 800 discos com Elza Soares, Roberto Carlos, Elis Regina, dentre outros grandes nomes da música brasileira. Morreu, aos 81 anos, em agosto deste ano vítima de câncer.

Lourenço Olegário dos Santos Filho

Poucas pessoas sabem que um dos maiores sucessos de Ivete Sangalo é uma composição Lourenço Olegário: Sorte Grande”, conhecida como “Poeira”. Só Pra Contrariar, Ásia de Águia, Exaltasamba, Alcione, Molejo, Negritude Júnior, são alguns outros nomes que na década de 90 que gravaram canções de Lourenço. O compositor morreu, aos 62 anos, em outubro deste ano, vítima de insuficiência cardíaca após sofrer de pneumonia e anemia.

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http://www.ecad.org.br/pt/noticias/noticias-do-ecad/Paginas/Compositor-Louren%C3%A7o-deixa-obras-que-marcaram-a-m%C3%BAsica-nacional-.aspx

Chuck Berry

Um dos maiores símbolos do rock and roll,  Chuck Berry é uma das primeiras lendas do gênero.  Revolucionou a música popular no século XX, com músicas inesquecíveis como “Johnny B. Goode” e “Maybellene”. Chck morreu aos 90 anos em sua casa nos Estados Unidos.

Perivaldo

Baiano de Itabuna, Perivaldo, ou Peri da Pituba, como ficou conhecido, foi ex-lateral-direito do Bahia, Botafogo, Palmeiras e Bangu. Em 1981, foi convocado pelo técnico Telê Santana para seleção brasileira e. Morreu no Rio de Janeiro-RJ em 27 de julho de 2017, aos 64 anos, devido a uma pneumonia.

Paulo Silvino

Paulo Ricardo Campos Silvino foi o amado Severino (“cara e crachá”) do Zorra Total. Por causa do seu pai, o comediante Silvério Silvino, a infância foi nas coxias do teatro e nos bastidores da rádio. Paulo começou no rádio e logo passou para o elenco da TV Globo, onde ficou até o final da vida, 17 de agosto de 2017.

Luiz Melodia


O garoto Melodia, como as irmãs o chamavam na infância, no  Morro do Estácio (RJ), fez história na música brasileira transitando entre o samba, o soul, o blues e a MPB. Partiu dia 4 de agosto de 2017, por conta de um câncer na medula óssea. 

Mestre Conceição

Jorge Conceição fundou a Universidade de Reconstrução Ancestral Amorosa (UNIRAAN), geógrafo, foi professor da UCSal, UNEB e UFBA. Escreveu vários livros, tanto para as crianças quanto para os adultos, e foi um singular educador do Teatro Experimental de Rua. Partiu 19 de setembro, na cidade de Alagoinhas de causa não divulgada. Um legado que nunca será esquecido.

Almir Guineto

O samba foi feliz com as contribuições de Almir Guineto, como o banjo adaptado e o grupo Fundo de Quintal, fundado por ele. Ele foi mestre de bateria e diretor do Bloco Carnavalesco Salgueiro, bairro onde nasceu também. Como maior representante do samba raiz do Rio de Janeiro, sua morte aos 70 anos., em maio de 2017, deixou marcas em figuras como Alcione e todo quilombo do samba.

Fats Domino

Foi uma lenda do rock americano, famoso pelo estilo de tocar piano. Foi um dos artistas mais influentes das décadas de  1950 e 1960, pois marcou a popularização do R&B, alcançando pela primeira vez o público branco. Fats Domino vendeu mais de 65 milhões de discos e seu single de estreia, “The Fat Man”, de 1949, é tido como uma das primeiras gravações de rock de todos os tempos. O cantor morreu em outubro,no dia 25, aos 89 anos.

Ernesto ‘Tito’ Puentes

Com mais de 200 álbuns ao longo de sua carreira, Tito foi um músico cubano que se destacou como um talento do trompete. Começou a carreira na animada cena musical de Havana na década de 1940. Morreu na França.

Donminique Azevedo é repórter do Portal Correio Nagô.

Beatriz Almeida é repórter-estagiária do Portal Correio Nagô.

 

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