LEI DA MÍDIA DEMOCRÁTICA
Há um forte debate, na Argentina sobre a Lei da Mídia Democrática, na Venezuela, ainda na gestão de Hugo Chávez, o assunto fervilhava e no Brasil digamos que está meio morno. Segundo Cibelih Espanhol “No Brasil, a Rede Globo responde por 56% da audiência da TV aberta; na Argentina, o Grupo Clarín controla 41% do mesmo setor.” Na Argentina, o Grupo Clarín, tem lutado fortemente na Justiça, para preservar o espaço ocupado, na Venezuela, a velha mídia, com apoio dos EUA, acusava o governo boliviariano de estar se utilizando da lei como forma de calar a imprensa dita “não alinhada”, a mesma acusação sofrida por Cristina Kirchner atualmente.
No Brasil, recentemente, após as manifestações de rua de junho, o tema voltou à tona por conta das diversas coberturas tendenciosas que a grande mídia deu aos movimentos. Cada meio de imprensa cobriu o evento como lhe convinha, mostrando o perfil dos manifestantes como mais lhe favorecia (vândalos na maioria ou na minoria, com ou sem partidos, classe média ou pobre,polícia batendo ou não, etc), inclusive a depender do partido do governante local e da relação deste com essa mídia. Outro fato que trouxe o assunto à baila foi o “mea culpa” da Globo em relação ao apoio dado durante o regime militar.
No meio disso tudo estamos nós, o povo, agora mais favorecidos pelas redes sociais digitais e pela internet, que nos oferecem meios alternativos de informação tais como blogs independentes, jornais de pequena e média circulação, o Mídia Ninja (que polariza opiniões contra e a favor), dentre outros. O argumento dos grandes grupos sempre reduz a questão simplesmente a uma ameaça à liberdade de imprensa por governos que querem controlar ou monopolizar o que é veiculado. Por outro lado, estes grupos que se manifestam ruidosamente contra, como o Clarín e a Rede Globo, são os oligopólios da comunicação e estão subordinados a grupos econômicos, com seus interesses, nem sempre, ou quase nunca, aderentes às necessidade da sociedade. Entre um governo que não nos representa adequadamente e uma mídia que também não nos representa, precisamos estar atentos, aprofundar o conhecimento sobre o tema e participar ativamente do debate acerca desse marco regulatório de modo que não deixem de fora os mais atingidos, nós do povo. Sem querer esgotar as fontes disponíveis, segue uma modesta lista de links com notícias sobre a questão, que poderão nos servir de subsídio.
http://www.paraexpressaraliberdade.org.br/
https://www.facebook.com/midiaNINJA
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,midia-ninja-e-o–futuro-desfocado-,1064592,0.htm
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/84298/
http://outraspalavras.net/blog/2013/09/10/argentina-democratizacao-da-midia-esbarra-no-clarin/
http://outraspalavras.net/blog/2011/11/01/cristina-e-a-midia-uma-relacao-permanente-de-conflitos/
http://outraspalavras.net/blog/2013/09/10/as-vozes-abertas-da-america-latina/
http://outraspalavras.net/blog/2013/08/25/esperamos-que-o-congresso-ouca-o-clamor-das-ruas/
Por Antônio Carlos Ferreira