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Leymah, de boa na Bahia

Na última terça-feira, dia 10/09, a ativista e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz 2011, Leymah Gbowee, da Libéria, apresentou-se no Teatro Castro Alves, dentro do Projeto Fronteiras do Pensamento.
Na palestra, Gbowee contou sua história de vida e de luta pela paz na Libéria, em prol dos direitos das mulheres e outras causas sociais.
Ao final, Gbowee respondeu diversas perguntas da platéia e selecionamos uma amostra de 03 perguntas e respostas interessantes.

Pergunta: as mulheres em todo o mundo se trajam de modo diferente, têm religião, hábitos e cor de pele costumes distintos, como unir mulheres tão diferentes em torno de uma mesma causa?
Gbowee: quando as balas zunem, elas não escolhem acertar uma mulher branca ou negra, elas não atingem somente as católicas ou somente as muçulmanas; quando os estupros acontecem, o criminoso não poupa a mulher em razão dessas características. Então, a causa é de todas elas.

leymah

Pergunta: como evitar ou reduzir o alto índice de violência contras as mulheres?
Gbowee: precisamos, não só educar as garotas para se unirem e se defenderem, mas precisamos também educar nosso filhos (do sexo masculino), ensinando-os a respeitar as mulheres.

Pergunta: você ganhou um Prêmio Nobel da Paz pelo que fez pelo seu país, Obama ganhou pelo que se esperava que fosse fazer pelo país dele. O que você diria a ele?
Gbowee: eu tenho dito o que penso (1) sobre a guerra, nós (2) temos enviado cartas a Obama, dizendo o que pensamos sobre a construção e manutenção da paz.

(1) Gbowee citou líderes pacifistas como Mandela, Ghandi e Martin Luther King e reforçou que a paz não se obtem com dinheiro nem com violência, ela entende as ações de resistência pacífica e o diálogo, como caminhos para a construção da paz.
(2) Gbowee é diretora da WIPSEN – Women Peace and Security Network

O apresentador do evento, em dado momento, falou que, durante o dia, o grupo de brasileiros que esteve acompanhando Leymah Gbowee exercitava como pronunciar corretamente o sobrenome dela e, por fim, por semelhança fonética (Gbowee = G-bou-i) e pela contiagante simpatia da palestrante, resolveram apelidá-la de Leymah “De boa”

Por Antônio Carlos Ferreira

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